domingo, 21 de agosto de 2011

OAB pede saída de Pedro Novaes

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, defendeu neste domingo (21) o afastamento do ministro do Turismo, Pedro Novais, do cargo.
Ele comparou as denúncias de corrupção no ministério as que atingiram e derrubaram outros ministros como dos Transportes e da Agricultura.
"Há um comprometimento muito forte do ministro do Turismo com a estrutura do ministério que está contaminado. O ideal seria que ele se afastasse do cargo", disse.
A Folha revelou no sábado que uma emenda do então deputado Pedro Novais vai beneficiar uma empreiteira-fantasma no município de Barra do Corda (MA). Ele destinou R$ 1 milhão para a construção de uma ponte na cidade sem potencial turístico. O município recebeu mais verba do que cidades como Jijoca de Jericoacoara, destino conhecido internacionalmente.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), também pediu no sábado que o ministro do Turismo deixe o cargo. "A situação de Pedro Novais é insustentável. Se ele se der ao respeito, deve entregar o cargo já", afirmou.
Segundo Bueno, ministro "confessou sua incompetência ao afirmar, em audiência na Câmara, que haviam irregularidades nos convênios de sua pasta. E pior, admitiu que não fez nada para sanar a roubalheira".
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Alves (RN), um dos fiadores da indicação de Novais para o Turismo, disse que a saída do cargo "é uma decisão do ministro", mas que considera não haver envolvimento dele com as denúncias de corrupção.
Há duas semanas, a Polícia Federal deflagrou a Operação Voucher que prendeu servidores do ministério, entre eles o número dois da pasta, o ex-secretário-executivo Frederico Costa, sob acusação de participarem de esquema de desvio de dinheiro público por meio de uma ONG.
Novais defendeu o assessor preso em depoimento na Câmara semana passada. "A escolha dele para o cargo foi feita por mim, até porque ele era a pessoa disponível que mais conhecia os trâmites da relação entre o Turismo e o Planejamento."
Frederico, porém, foi exonerado do cargo na sexta-feira (19).
Na terça-feira (23), o ministro deve comparecer ao Senado para se explicar novamente.

Editoria de Arte/Folhapress

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