terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ministério Público Federal pede investigação contra Roseana.

 

Central de Noticias
O procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira pediu nesta segunda-feira (16) uma investigação sobre suspeitas de lavagem de dinheiro por parte da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
Ele enviou um ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. No documento, Oliveira aponta que as operações entre Roseana e o Banco Santos - reveladas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" - são "a princípio, ilícitas".
No domingo (15), o jornal publicou documentos dos arquivos do Banco Santos que levantam suspeitas de que a governadora e o seu marido, Jorge Murad, teriam simulado um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. Em entrevista ao jornal, o administrador judicial do banco, Vânio Aguiar, confirmou que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária.

Banco Santos

O procurador Silvio de Oliveira, que atua em São Paulo, é o responsável, entre outras coisas, pela ação criminal contra Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos. Edemar é padrinho de casamento de Roseana e Jorge Murad. O processo sobre o caso do Banco Santos encontra-se parado na Justiça Federal. Condenado a 21 anos de prisão, Edemar recorreu e responde em liberdade. Ele chegou a ser preso. O Banco Santos quebrou em novembro de 2004 e sua falência foi decretada no ano seguinte.
Segundo e-mails que estão nos arquivos do Banco Santos, os dólares foram transferidos por meio de uma conta do banco suíço UBS, onde Edemar seria cliente. O empréstimo de R$ 4,5 milhões foi liberado no Brasil no dia 29 de julho de 2004 e, segundo os documentos, US$ 1,5 milhão foram depositados cinco dias depois numa conta externa.
De acordo com a reportagem, o empréstimo foi regularizado no Brasil poucos dias antes da intervenção judicial no Banco Santos, em 12 de novembro de 2004. O dinheiro foi liberado no dia 29 de julho daquele ano, mas só em 5 de novembro - uma semana antes da quebra do banco e da decretação da intervenção da Justiça - as garantias foram registradas, conforme certidões obtidas pela reportagem num cartório em São Paulo.
 

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