Raimundo Vicente Barbosa da Silva
Segundo o delegado Leonardo do Nascimento Diniz, responsável pelas investigações, denúncias anônimas levaram à prisão de Raimundo. “A vítima relatou que foi deixada pela mãe, com os quatro irmãos, aos 11 anos, e desde os 14 era mantida em cárcere privado e sofria abusos do pai. Aos 22, ela teve a primeira filha das relações forçadas, e no ano passado teve mais um bebê”, afirmou o delegado.Há quatro meses, Raimundo teria deixado a sede de Pirapemas, tentando fugir da polícia.
“Ele forçou sua filha a fugir com ele para esse povoado onde foram encontrados. Na época, Maria de Fátima estava gestante de sete meses do último filho-neto. Mesmo tentando se esconder, a PM conseguiu localizá-lo”, informou o delegado Diniz.
Segundo a polícia, apenas a menina está com a mãe. O bebê teria sido entregue a uma família de Coroatá (a 282 km de São Luís). Agora, exames de DNA vão comprovar ou não a paternidade de Raimundo da Silva.
O suspeito teria confessado o crime no momento da prisão. "Ele afirmou que incentivava a filha a procurar um namorado, mas ela queria ficar com ele", disse o delegado Leonardo Diniz.
Depoimento da vítima – Durante seu depoimento, Maria de Fátima contou ao delegado que há quatro meses era mantida em cárcere privado. Essa medida seria para impedir que ela mantivesse qualquer contato com vizinhos e revelasse as práticas cometidas pelo pai. Raimundo ameaçava espancá-la caso descumprisse a ordem.
Sobre os espancamentos, o delegado Leonardo Diniz informou que não foi encontrada nenhuma marca de agressão física no corpo da vítima.
Além da filha com quem mantinha relações sexuais, Raimundo era pai de outras duas mulheres e um homem. O delegado informou que chamará todos os filhos para depor.
Maria de Fátima e a filha estão recebendo tratamento da Secretaria Municipal de Assistência Social de Pirapemas. Raimundo deve responder por cárcere privado e estupro de vulnerável.
Outro caso – Também no Maranhão, em junho de 2010, o lavrador José Agostinho Bispo Pereira, 54 anos, foi preso e condenado a 63 anos por ter abusado sexualmente de suas duas filhas. Ele teve, no total, oito filhos-netos com elas. O caso ocorreu no povoado Experimento, no município de Pinheiro (a 343 km de São Luís). José Agostinho acabou sendo assassinado e decapitado numa rebelião na Delegacia de Pinheiro, que deixou seis presos mortos. (Com informações do portal G1 e da Ascom da Secretaria de Segurança do Maranhão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário