sexta-feira, 12 de março de 2010

1300 PESSOAS SOFREM DE PROBLEMAS RENAIS NO MARANHÃO

O NÚMERO DE PESSOAS VÍTIMAS DE INSUFICIÊNCIA RENAL ESTÁ CRESCENDO. MUITO NEM SE QUER SABEM QUE TEM A DOENÇA

Thamia Tavares



A doença renal crônica evolui por 5 estágios sem apresentar sintomas aparentes, e geralmente é detectada no último estágio, quando os rins param de funcionar. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, aproximadamente 1300 pessoas no Maranhão sofrem de insuficiência renal e em São Luís são 650 vítimas. Esta é uma realidade que tende a aumentar. Do total de vítimas de insuficiência renal em São Luís, 60% está na fila de espera por transplante.

As principais causas desta doença são a hipertensão e o diabetes, fato este negligenciado por boa parte das vítimas destas duas doenças. “A melhor forma de detectar o problema é fazendo exames. Neste caso de urina ou de sangue”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carlos Macieira.

No Brasil, a principal causa de falência renal é a hipertensão, e a segunda é a diabetes. Inflamação e lesão dos néfrons, as unidades funcionais dos rins, também são fatores causadores da falência renal.

Outra questão alarmante é a carência de médicos especializados no Maranhão. “A demanda por médicos nefrologistas em São Luís é de 47, no entanto, São Luís possui somente 25 médicos nefrologistas”, disse o presidente. Em casos de falência renal, a vítima é submetida à diálise que é a filtragem artificial do sangue.

Aproximadamente 27% da população adulta do Maranhão são hipertensas e este número está aumentando, por exemplo, a alimentação da sociedade moderna é rica em alimentos condimentados, onde o principal conservante é o sal, um dos principais causadores da hipertensão. O consumo excessivo de proteína animal pode sobrecarregar os rins no processo de filtragem sanguínea.

Os rins trabalham no equilíbrio da quantidade de água e eletrólitos como o potássio, cloro, sódio e cálcio, no organismo e controla a matem a pressão arterial. Cerca de 150 litros de líquido são filtrados diariamente pelos rins. O órgão também produz hormônios que controlam a produção das hemáceas, os glóbulos vermelhos.

O índice de mortalidade da doença renal crônica é semelhante ao do câncer de próstata e ao de colo de útero. No Brasil, de acordo com a Datafolha, apenas três em cada dez brasileiros já fizeram exames de avaliação das funções renais. A SBN estima que mais de 2 milhões de brasileiros sofram da doença, sendo que a maioria nem sequer sabe da doença.

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