Governo divulga lista com melhores e piores escolas brasileiros, segundo notas do Enem
Veja como foi como foi o desempenho das escolas públicas e particulares no Exame Nacional do Ensino Médio. São números referentes ao ano passado
Essas notas servem, sem dúvida, para revelar bons e maus exemplos do que está sendo feito nas escolas brasileiras. a partir delas, pais podem cobrar explicações para um fraco desempenho ou ter a confirmação de que o método adotado está correto. Para muitos especialistas em educação, apenas a nota do aluno não é suficiente para avaliar a qualidade do ensino, mesmo porque a prova não é obrigatória. Muitos alunos não fazem o exame.
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A escola pública que teve a maior média foi o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni), em Minas Gerais. Lá, os professores trabalham em regime de dedicação exclusiva. São vários laboratórios, sala de projeção e os alunos ainda podem usar a biblioteca da universidade.
Em São Luis (MA), uma realidade diferente. O Colégio Estadual Vicente Maia ficou entre as três menores médias das escolas públicas. A secretaria de educação diz que vai usar o resultado para melhorar o ensino.
“Na medida em que eles tiveram um desempenho negativo, aquém do desejado, significa que a aprendizagem não está adequada. Todas as escolas que tiveram desempenhos mais tímidos do que se esperava, nós temos traçado metas para que isso se desenvolva de forma mais exitosa”, diz a superintendente da Educação Básica (MA) Leuzinete Pereira.
O Ministério da Educação separou por escola os 2,5 milhões de estudantes que fizeram o Enem no ano passado. As notas dos estudantes, somadas, formaram médias e levaram a uma lista de escolas que se saíram bem ou mal no exame.
Em Teresina, no Piauí, o Instituto Dom Barreto obteve uma das médias mais altas entre as escolas particulares. A diretora diz que a razão do sucesso é a integração entre pais e professores.
“Consideramos os pais dos alunos nossos colaboradores e eles estão sempre na escola”, aponta a diretora Maria Stela Rangel.
Em Altamira, no Pará, a Escola Mirtes de Oliveira Santos ficou com a menor média entre as particulares. O diretor não concorda com a avaliação do MEC - e diz os alunos têm conseguido passar nos vestibulares das melhores universidades do estado.
“A escola fica surpresa. O resultado não condiz com a realidade”, rebate o diretor Francisco Sales.
A partir desta segunda-feira, essas informações serão divulgadas pela internet. A ideia do governo é que esse diagnóstico leve à reflexão sobre o que está sendo feito de bom e de ruim em cada escola e estimule o debate sobre a melhoria do ensino entre pais, professores e alunos.
“As famílias que têm os filhos naquela escola vão poder ir à escola, discutir com os professores, com a direção da escola sobre o trabalho realizado. Isso, sem dúvida, vai promover a melhoria da qualidade do ensino”, destaca o presidente do Inep Joaquim Soares Neto.
É preciso olhar o estudo com cautela. Nem todos os estudantes brasileiros fizeram o Enem, que é voluntário. O professor de Educação - UnB Erasto Fortes diz que não é possível avaliar as escolas usando apenas as notas dos alunos.
“O estudante não é obrigado a fazer o exame. Então, você nunca terá a certeza se aquele conjunto de alunos que prestou o exame é um conjunto representativo da realidade da escola”, explica o professor de Educação - UnB Erasto Fortes.
