sexta-feira, 2 de julho de 2010

Flávio Dino a esperança do Maranhão

Nas aferições para consumo interno, Flávio Dino (PCdoB) teria hoje 20% das intenções de voto. Com um cacife assim, a loucura seria recuar da decisão de sair candidato a governador... Era mais ou menos essa a conversa que se ouvia poucas horas antes da convenção que sacramentou anteontem o comunista em São Luís.
Óbvio que houve dúvida a permear a cabeça de muita gente. Para Dino, a decisão embute a renúncia a um mandato tranquilo de deputado federal, quiçá de senador. Porém, o chamamento das bases que o apóiam falou mais alto, o que confirma que na militância política chega um momento é que os atores deixam de ser eles mesmos para se tornar um veículo do coletivo que o cerca. Não do ponto de vista piegas, mas do da responsabilidade de liderar os que nele depositam sua confiança. Daí as críticas aos que relutavam em assumir o risco de lutar pela alternância de poder no Maranhão. Aquiescer ao status quo, deixando-se diluir na corrente da mesmice e do estabelecido é tarefa para os fracos de espírito. Ninguém muda uma situação sem trombar ou discordar efetivamente desta. A missão das oposições maranhenses é derrotar o sarneyzismo. Todo o resto que foge a esse objetivo é eivado de interesses individuais e personalistas. A divisão ou a fragmentação sob o ponto de vista da discordância metodológica devem ser anuviadas em nome da meta principal. Se não for assim, quando a eleição vier todas as exaustivas e demoradas articulações que antecederam as convenções terão sido em vão.
No caso específico do leste, o prefeito Humberto Coutinho (PDT) rendeu-se à onda em favor de Flávio Dino e levou a tropa governista local para a capital. Pouco mais da metade da vereança caxiense, o vice-prefeito Júnior Martins (PSB) e simpatizantes diversos o acompanharam. A partir de agora, portanto, está dada a largada para o grande e calorento embate de outubro.

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