O deputado peemedebista Roberto Costa associou a ‘greve’ dos professores da rede estadual de ensino a uma suposta exclusão de benefeciários do Bolsa Família no estado.
Na quarta-feira, Roberto Costa – que não quer ser Secretário de Estado de Juventude – achou 25 mil famílias que serão excluídas caso a direção do Sinproesemma persista com a greve.
Na quinta-feira, dia 14, em outro discurso no Legislativo estadual, Roberto Costa subiu para 40 mil as famílias que serão descredenciadas do Bolsa Família, por conta da ‘greve’.
Nem quarta e muito menos na quinta-feira o deputado do PMDB explicou como chegou esse dado de 40 mil beneficiários que serão excluídos do Bolsa Família. Foi a Secretaria de Educação que te deu essa informação Roberto?
A lógica dele é assim: se não tem aulas, os alunos não comprovam a frequência; sem frequência na escola, as famílias dos alunos deixarão o Bolsa Família. A frequência escolar é um dos critérios para os alunos serem mantidos no programa.
Que o deputado divirja da ‘greve’, eu o compreendo e respeito. Mas, criar uma situação completamente inverossímel é um flerte com à irresponsabilidade.
Na mesma quinta-feira, a Seduc distribuiu um release corroborando com a ilação de Costa. Lamentável. Não vi e nem li nenhum veículo responsável embarcando nessa história inventada pelo peemedebista e pela Seduc.
Liguei para a Assessoria de Comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A resposta encaminhada por e-mail pela assessoria desmente a invencionice de Roberto Costa e da Seduc.
Creio que para a Seduc e Roberto Costa derrotarem a greve e os grevistas – ao meu ver a greve já se foi – não precisavam fazerem uso INDEVIDO de um benefício concedido pelo Governo Federal a 40 mil famílias que vivem na faixa de pobreza.
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