quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Assim caminha a Segurança no Maranhão
Vendida como joia rara de Roseana no horário eleitoral, a Segurança Pública no Maranhão é hoje o retrato do pouco caso com que a governadora trata as questões que afligem a população. As viaturas adquiridas para dar combate ao crime e que funcionaram tão-somente no período eleitoral como outdoors móveis a serviço da candidatura oficial praticamente sumiram de circulação. Ao que se sabe, falta combustível, falta manutenção e sobra desleixo no trato da coisa pública. Aliás, restam também notícias guardadas “a sete chaves” sobre um suposto nebuloso episódio de corrupção envolvendo a aquisição dessa monumental frota. Enquanto isso, a escalada da violência segue seu curso devida e convenientemente mascarado ou ocultado pela força do poder dos meios de comunicação da governadora que cuidam da divulgação sempre positiva de um “governo virtual” que, no dizer de Cafeteira, “se acaba assim que desligamos a TV”. Até um moderníssimo helicóptero dotado de sensor de temperatura capaz de localizar um bandido pelo ‘calor’ do seu corpo foi entregue à Polícia com ‘pompa e circunstância’. Não se tem notícias até o momento dos resultados práticos decorrentes do uso de tal equipamento, mas a julgar pela ‘frieza’ com que costumam agir os facínoras não é difícil prever-se a inutilidade da engenhoca. Enquanto isso, as delegacias de Polícia, principalmente as do interior, além do crônico problema da superlotação que enfrentam sobrevivem à custa da caridade pública. Em Pinheiro, preocupados com a situação caótica da Segurança, alguns juízes estão contribuindo para equipar a delegacia local com o mínimo necessário ao seu funcionamento através de doações de impressoras e até aparelhos de ar condicionado obtidos mediante a aplicação de penas alternativas. Não obstante a nobreza do ato desses diligentes magistrados, não deixa de ser vergonhoso para quem anuncia pretender fazer “o melhor governo da sua vida”, começar estendendo a mão à caridade do judiciário. Há que se registrar, contudo, até por uma questão de justiça, a atuação de bons policiais que não hesitam em driblar a adversidade, para, a duras penas e muitas vezes com o sacrifício da própria vida, cumprirem sua missão de garantir segurança à sociedade. Em Cururupu, palco e cenário de uma revolta popular motivada pelo clima de violência que se instalou na cidade, que resultou na destruição do prédio da delegacia de Polícia e prisão de mais de 80 pessoas há dois anos, é um exemplo disso. O trabalho diuturno conduzido pelo delegado Danilo Gonçalves vem produzindo visível declínio na criminalidade, fato reconhecido pela grande maioria da população. Uma esforçada equipe de agentes e investigadores formada pelos policiais: Helen, Augusto Filho, Celson, Henrique, Emerson e Renato Tavares dão o suporte às operações, que, não raro, costumam se estender até alta madrugada objetivando garantir tranqüilidade à população e retirar de circulação quem tem contas a acertar com a Justiça. Um exemplo de como um bom policial verdadeiramente comprometido com sua missão é capaz de superar dificuldades e apresentar resultados positivos a tantos que dependem do sucesso do seu trabalho numa questão cruciante que é a segurança.
(J. Canavieira)
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